Atividade física e saúde tratados de forma simples e irreverente

Frase da semana: "Obstáculos são aqueles perigos que você vê quando tira os olhos de seu objetivo."
( Henry Ford )


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

60% das dietas não têm aval médico

Pesquisa da Secretaria do Estado da Saúde aponta que a maioria das pessoas reduz a alimentação por conta própria


Tisa Moraes A menos de dois meses do início do verão, a pressa para conquistar um corpo perfeito ou mesmo perder alguns quilos indesejáveis, muitas vezes se torna inimiga da saúde. Para atingir o objetivo, muitas pessoas lançam mão de dietas nem sempre confiáveis publicadas na Internet e divulgadas de boca em boca ou então se deixam seduzir por cápsulas milagrosas vendidas sem recomendação médica.

A dona de casa Rita de Cássia Soares Barreto de Freitas, 26 anos, nunca tomou remédios para emagrecer, mas recorre a artifícios um tanto quanto radicais para conseguir eliminar alguns quilinhos. “Quando quero entrar em uma roupa que está apertada, fico sem comer nada durante uns três dias. Fazendo isso, consigo perder um quilo por dia e a roupa acaba entrando”, revela.

Quando não está disposta a encarar a ‘dieta do zíper na boca’, Rita corta todos os carboidratos e, segundo ela, consegue emagrecer cinco quilos em uma semana. “Faço dieta por conta própria desde os 13 anos, porque dieta indicada por médico dura muitos meses e a gente perde pouco peso”, destaca.

Uma pesquisa recente mostrou que esse grupo dos que não procuram a orientação de um médico ao fazer uma dieta corresponde a 60% dos brasileiros de classe alta e média (A, B e C). O estudo, realizado pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, da Secretaria do Estado da Saúde, verificou que entre 1.500 pessoas residentes em oito capitais brasileiras, 283 (19%) faziam dietas. Desse total, apenas 114 (40%) consultaram um médico sobre como se alimentar para perder ou ganhar peso. Segundo especialistas, uma dieta por conta própria pode até surtir efeito, mas envolve muitos riscos.

Mudança de hábito

A endocrinologista Cibele Cabogrosso diz que a dieta sem acompanhamento de um endocrinologista ou de um nutricionista pode apresentar resultado a curto prazo, mas não de maneira saudável. Nesses casos, a tendência é que o peso eliminado seja recuperado rapidamente. “O mais importante é a mudança dos hábitos alimentares. Não adianta restringir a alimentação durante uma semana ou um mês, porque essas dietas apresentam deficiências de proteínas e vitaminas”, explica.

De acordo com a médica, somente o profissional da área está habilitado para estabelecer um plano de dieta individualizado, que contemple o ritmo do metabolismo e as preferências alimentares de cada pessoa. Respeitando o perfil de cada indivíduo, as chances de a dieta ser bem sucedida são muito maiores.

É também somente com o acompanhamento de um nutricionista ou endocrinologista que o paciente poderá realizar exames clínicos e laboratoriais, que irão diagnosticar possíveis causas do excesso de peso e indicar a seleção dos alimentos que irão compor a dieta. “Muitas pessoas têm diabetes e não sabem. Com uma dieta errada, ela pode descompensar essa doença. Somente com os exames é que se torna possível avaliar as taxas de colesterol e de glicose para determinar uma dieta adequada”, explica.

A endocrinologista diz que, ao contrário do que a dona de casa Rita imagina, ficar muito tempo sem comer não é uma boa tática para emagrecer. “É importante dividir as porções ao longo do dia porque, no jejum prolongado, o organismo entende que há escassez de alimento e tenta reter o máximo de energia”, afirma. “Além disso, depois do jejum, a pessoa está com fome em excesso e acaba optando por comidas mais gordurosas”, conclui.

Segundo ela, para emagrecer, além de procurar um profissional de saúde, é aconselhável diminuir a quantidade de gorduras na alimentação, moderar a ingestão de carboidratos, evitar o consumo de açúcar refinado, sempre associando a dieta à prática de atividades físicas.


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Moderadores

A ingestão de medicamentos moderadores de apetite pode ser indicada por médicos para o controle da obesidade em alguns casos específicos, devendo funcionar apenas como um coadjuvantes no tratamento. De acordo com a endocrinologista Cibele Cabogrosso, a prescrição das cápsulas é individualizada e depende de uma avaliação clínica apurada.

Utilizar esse tipo de medicamento sem a orientação de um profissional habilitado pode representar riscos graves à saúde. “Tomados em dose elevada, eles podem alterar a freqüência cardíaca, aumentar a pressão arterial e até mesmo provocar um quadro de depressão”, alerta a endocrinologista. “Até mesmo os medicamentos ditos naturais, vendidos pela televisão, não devem ser tomados indistintamente”, finaliza.


Fonte: http://www.jcnet.com.br/editorias/detalhe_bairros.php?codigo=116083


Está mais do que claro os riscos de se iniciar uma dieta sem acompanhamento de um profissional da área e que todo o sacrifício e peso perdido que você teve no período de sua dieta é passageiro.

A melhor forma de se manter um peso ideal e com saúde é ter um acompanhamento de um nutricionista e/ou médico endócrino com relação à dieta e realizar um programa de atividades físicas, orientado por um profissional de Educação Física.

2 comentários:

Bruna Menezes disse...

muito abrigada por entrar no meu blog fico feliz por gostar do que eu escrevo e me sinto grata por me chamar de poetiza.
Adorei o seu blog,falar e adquirir conhecimentos sobre saúde nunca e demais.Visitarei o mesmo sempre.

Angelo Sumita disse...

Que bom que gostou do conteúdo que disponibilizo no blog e que o mesmo lhe foi útil!

E volte sempre! :)

Abraços!